EGITO

EGITO
EGITO: LUZ SEM MEDIDA

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

PIRÂMIDES DE GUIZÉ: ALCANÇANDO O SOL



Texto e Fotos: Elza Barletta


Maior monumento da cidade de São Paulo, o Obelisco do Ibirapuera é o marco da  Revolução Constitucionalista de 1932 abrigando, em seu mausoléu, os corpos dos heróis mortos durante a rebelião. Ele tem 72 metros de altura. Pois bem: imagine-se diante da Grande Pirâmide do Faraó Quéops: são 137 metros de altura e uma base que ocupa cerca de 52 mil metros quadrados em uma esplêndida obra edificada por volta de 2550 a.C.  A humanidade se curva diante da indecifrável perfeição da maior pirâmide do Egito que encabeça, com louvor, a lista das sete maravilhas do mundo antigo e a única que chegou ao século XXI.

Esfinge e Pirâmide de Guizé: declaração de amor de um povo a seus reis

Localizadas na cidade que lhes confere o nome, a 20 quilômetros do centro da capital, as Pirâmides de Guizé são mais que tumbas reais. Simbolizam o amor de um povo por seus reis. Amor que, transformado em força e conhecimento, resultaram em obras estupendas, indestrutíveis frente às ações naturais e humanas.  As pirâmides abrigam as tumbas de três gerações: o pai Quéops, o filho Quéfren e o neto Miquerinos e foram construídas na direção do sol poente. Os egípcios acreditavam que, assim, seus reis poderiam alcançar o sol e juntar-se aos deuses.

CAIRO - CONTRASTES

 Texto e Fotos: Elza Barletta


Quando as malas cruzaram a esteira do detector de metais do imponente hall de entrada do Pyramids Park Resort – sim, o hotel tem detector de metais -, não pude deixar de me emocionar. Estava no Cairo, a famosa capital do Egito, que habita o imaginário de todos os mortais. O berço da civilização ou a mãe do mundo causa ímpar emoção ao mais experiente viajante que não teme em se comportar como turista ou em usar frases clichês. O que são as frases e o comportamento individuais diante da magia de uma cidade que abriga seis mil anos de história?

Nota: O Pyramids Park Resort foi uma grata surpresa da agência responsável por nosso roteiro.

Pyramids Park Resort: detector
de metais e luxo. Pra quê mesmo?
Foto: Marcos Maritan
Não tínhamos a menor expectativa de ficar em um hotel com tamanho luxo no Cairo. Luxo, aliás, absolutamente desnecessário: quem vai pra conhecer de fato, não tem tempo pra desfrutar de suas mordomias. Somente o fundamental e pra lá de completo café da manhã e, claro, o confortável apartamento. No mais, que hotel que nada!

Trânsito pesado e xingamentos...



... sobre a ponte que cruza o rio Nilo, do centro do Cairo, rumo à Guizé
   

O Cairo é a mais populosa cidade do Egito, com cerca de 19 milhões e 500 mil habitantes, a maior do mundo árabe e do continente africano. Cosmopolita, barulhenta, cinza, dourada, moderna, histórica, limpa, suja, rica e paupérrima. Ela é repleta de contrastes e é isso que a torna tão fascinante. Até mesmo o trânsito pesado do centro da capital, no final da tarde, sobre uma das pontes que cruzam o Rio Nilo, tem seu fascínio. Ônibus, caminhões, vans com turistas, carros reluzentes ou caindo aos pedaços passam – ou tentam passar, tirando ‘finas’ impressionantes – sobre um dos mais importantes rios do mundo sem que seus ocupantes girem os olhos para contemplá-lo. Prédios cinzas e outdoors iluminados vão se revelando lentamente ao som de buzinas, gritos e xingamentos como em qualquer metrópole onde o que as pessoas querem mesmo é chegar rapidamente ao seu destino.